segunda-feira, 28 de abril de 2008

RELACIONAMENTO
Alberto Bittencourt
Neste segundo século de existência do Rotary, a preocupação maior é saber como estamos, como andamos, por onde passamos, para onde vamos, aonde chegaremos. Estudos, pesquisas, seminários, programas pilotos, são lançados a toda hora para avaliar o presente e o futuro de nossa instituição. Relatórios e mais relatórios são difundidos. As soluções apontadas não parecem surtir efeito. No fim, tudo deságua na questão, fácil de responder, difícil de resolver: - como anda o Quadro Social de seu clube ou distrito? Creio que tudo depende de uma simples palavra que é, ao mesmo tempo, um gesto, uma atitude, uma disposição: relacionamento. Estou convencido de que a chave do sucesso é sobretudo a riqueza dos relacionamentos. O grande vilão, ao contrário, é a pobreza dos relacionamentos.Mas afinal, pode o relacionamento interpessoal, ainda que de uma parte do grupo, influenciar todo um trabalho solidário de equipes, indo desde a prestação de serviços, até a consecução de planos e metas? Sim, por que quando o relacionamento é pobre, todo caminho é espinhoso, quando o relacionamento é rico, tudo são flores. Por isso, investir nos relacionamentos é importante. Cultivar relacionamentos é dever de todos. Criar novos relacionamentos é preciso. Dizem que as mulheres são mais eficientes, porque elas investem mais nos relacionamentos do que os homens. Não há nada que uma palavra carinhosa, um beijo, um abraço não resolva. Precisamos aumentar a presença das mulheres em nosso quadro social.Segundo James Hunter, autor do livro "O Monge e o Executivo", a confiança é a cola que une os relacionamentos. Só existirá confiança mútua, se houver presença, se estivermos unidos. Daí porque a freqüência às reuniões é importante. Com cadeiras vazias, não se faz relacionamento. Podem despejar toneladas de informações, perorar as mais eloqüentes preleções, evocar normas e regulamentos, efetuar cobranças de toda ordem. Se não houver relacionamento, a resposta será sempre nula, o resultado pífio. Em qualquer grupo, qualquer coletividade, qualquer clube de Rotary, a chave do sucesso é o bom relacionamento. Relacionamento é cuidar das pessoas. É estar junto, como uma família. É ter um comportamento amoroso, sem distinção. A alegria, o entusiasmo, o otimismo, são reflexos do bom relacionamento. O relacionamento cria circunstâncias favoráveis em que uns se apóiam nos outros – é o que mantém acesa a chama do Rotary. A chave do sucesso é promover o relacionamento dentro do grupo, dentro da família. Quer ter sucesso? Aproxime as pessoas. Promova encontros, fortaleça os relacionamentos.Paul Harris, disse, em 1935, em seu livro "Esta Era Rotária":A amizade é maravilhosa; ilumina o caminho da vida, espalha alegria e tem valor inestimável. A amizade prospera na atmosfera do Rotary, onde formalidades e artificialismos são deixados de lado; onde homens, independente de sua origem e posição social encontram-se no mesmo plano. Perder a oportunidade de cultivar relações de amizade é mais tolo do que jogar diamantes no oceano. Você está se sentindo sobrecarregado com as tarefas do dia a dia? A visita a um amigo ao entardecer irá renová-lo. Visitar ou receber a visita de um amigo é o melhor remédio de que se tem notícia. Eu peço de todo coração que experimentem. Sábias palavras de Paul Harris. Visitar um companheiro que está ausente, por motivo de saúde é revigorante para ambos. Mas, não se esqueça de levar sempre uma lembrancinha, não apenas para marcar a visita mas, principalmente, como prova de apreço e afeto. É de bom tom.
Carlos Alberto Sales Marangoni

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